Comparação entre autoimagem e índice de massa corporal entre crianças residentes em favela do Rio de Janeiro, 2012

Resumo Objetivo Analisar a concordância/discrepância entre autoimagem corporal e classificação do índice de massa corporal (IMC), segundo tipo de alimentação e influências do ambiente. Métodos Análise transversal de 195 crianças pré-púberes (≥5 anos), atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS), Man...

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Published inEpidemiologia e serviços de saúde Vol. 30; no. 1
Main Authors Gama, Sueli Rosa, Cardoso, Letícia de Oliveira, Engstrom, Elyne Montenegro, Carvalho, Marilia Sá
Format Journal Article
LanguagePortuguese
English
Published Secretaria de Vigilância em Saúde - Ministério da Saúde do Brasil 2021
Ministério da Saúde do Brasil
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Summary:Resumo Objetivo Analisar a concordância/discrepância entre autoimagem corporal e classificação do índice de massa corporal (IMC), segundo tipo de alimentação e influências do ambiente. Métodos Análise transversal de 195 crianças pré-púberes (≥5 anos), atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS), Manguinhos, Rio de Janeiro, Brasil. O IMC foi classificado conforme escore-z. Avaliou-se a autoimagem pela escala de silhuetas para crianças. Estimou-se a associação entre as covariáveis e subestimação/superestimação do IMC em relação à autoimagem, em modelo multinomial. Resultados Crianças com sobrepeso subestimaram seu IMC, em comparação com a autoimagem, em maior proporção (58,6%) que aquelas com obesidade (22,0%) ou com eutrofia (49,0%). Essa dissociação correlacionou-se com a participação no programa de transferência de renda (RC=2,01 - IC95% 1,04;3,90) e com o consumo diário de alimentos açucarados (RC=3,88 - IC95% 1,05;14,39). Conclusão A subestimação do IMC entre as crianças com excesso de peso deve ser considerada pela APS, visando aperfeiçoar as práticas de intervenção. Resumen Objetivo Verificar la correspondencia/divergencia entre autoimagen e índice de masa corporal (IMC), según variables relacionadas al tipo de alimentación e influencia del ambiente. Métodos Análisis transversal de 195 niños prepúberes (≥5 años), atendidos en la Atención Primaria de Salud (APS). Se utilizó la clasificación del IMC basada em la puntuación z de la Organización Mundial de la Salud. La autoimagen se evaluó según la escala de silueta validada para niños. Se estimó la asociación de covariables con el resultado de la subestimación/sobreestimación del estado nutricional en modelo multinomial. Resultados Los niños con sobrepeso subestimaron su IMC, en comparación con la autoimagen, en una mayor proporción (58.6%) que los obesos (22.0%) y eutróficos (49.0%). Esta disociación de la representación se asoció con la participación en el programa de transferencia de renta (odds ratio [OR] = 2,01 - IC95% 1,04;3,90) y con el consumo diario de dulces (OR=3,88 - IC95% 1,05;14,39). Conclusión La subestimación del IMC de los niños con sobrepeso debe tenerse en cuenta para la mejor intervención en las prácticas de atención primaria de salud. Abstract Objective To analyze agreement/discrepancy between body self-image and Body Mass Index (BMI), according to variables related to type of food and environment influence. Methods This was a cross-sectional analysis of 195 prepubescent children (≥5 years), attending a Primary Health Care service in Manguinhos, Rio de Janeiro. Z-scores were applied to classify BMI. Self-image was collected using the figure rating scale (silhouettes) validated for children. A multinomial model was used to estimate covariate association with the underestimated/overestimated BMI outcome in relation to self-image. Results Overweight children underestimated their BMI, as compared with self-image, more often (58.6%) than obese children (22.0%) and children with adequate BMI (49.0%). This dissociation was correlated to participation in a cash transfer program (OR=2.01 - 95%CI 1.04;3.90) and daily consumption of sugar-sweetened foodstuffs (OR=3.88 - 95%CI 1.05;14.39). Conclusion Underestimation of BMI among overweight children should be taken into account by Primary Health Care services, in order to enhance intervention practices.
ISSN:1679-4974
2237-9622
2237-9622
DOI:10.1590/s1679-49742021000100004