Utilização da ventilação não invasiva em edema agudo de pulmão e exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica na emergência: preditores de insucesso
OBJETIVO: Analisar os casos de insuficiência respiratória aguda decorrente de edema agudo de pulmão e de agudização da doença pulmonar obstrutiva crônica, submetidos à ventilação mecânica não invasiva, a fim de identificar fatores associados ao sucesso ou ao insucesso do método em um serviço de urgê...
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Published in | Revista Brasileira de Terapia Intensiva Vol. 24; no. 3; pp. 278 - 283 |
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Main Authors | , , , , |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira
01.09.2012
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Summary: | OBJETIVO: Analisar os casos de insuficiência respiratória aguda decorrente de edema agudo de pulmão e de agudização da doença pulmonar obstrutiva crônica, submetidos à ventilação mecânica não invasiva, a fim de identificar fatores associados ao sucesso ou ao insucesso do método em um serviço de urgência e emergência. MÉTODOS: Estudo descritivo e analítico prospectivo. Foram incluídos pacientes de ambos os gêneros, com idade >18 anos, que utilizaram ventilação mecânica não invasiva devido ao quadro de insuficiência respiratória secundária a edema agudo de pulmão ou agudização da doença pulmonar obstrutiva crônica. Foram excluídos os pacientes com insuficiência respiratória aguda secundária a patologias diferentes de edema agudo de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica, ou que apresentavam contraindicação para a técnica. A rotina da instituição é utilizar a pressão expiratória entre 5 e 8 cmH2O, e a inspiratória entre 10 a 12 cmH2O, além de suplementação de oxigênio para manter a saturação periférica de oxigênio >90%. A variável "desfecho" considerada foi a intubação endotraqueal. RESULTADOS: Foram incluídos 152 pacientes. A mediana do tempo de ventilação mecânica não invasiva foi de 6 (1 - 32) horas para os pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (n=60) e de 5 (2 - 32) horas para os pacientes com edema agudo de pulmão (n=92); 75,7% evoluíram com sucesso. Foram observados pior escore de APACHE II e menor saturação periférica de oxigênio, de forma estatisticamente significante, nos pacientes que evoluíram para intubação (p<0,001). O uso de BiPAP relacionou-se a 2,3 vezes mais chance de ocorrência de intubação endotraqueal que o de CPAP (p=0,032). Entre os pacientes com diagnóstico de edema agudo de pulmão e com pontuação mais elevada na ECG também apresentaram mais chance de sucesso CONCLUSÃO: As variáveis associadas à intubação endotraqueal foram frequência respiratória > 25rpm, maior valor de APACHE II, uso de BiPAP e diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica. Já maiores valores de ECG e SpO2 estão associados ao sucesso da ventilação mecânica não invasiva. A ventilação mecânica não invasiva pode ser utilizada em serviços de urgência/emergência para casos de insuficiência respiratória aguda decorrente de edema agudo de pulmão e exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica, com cuidado especial na monitoração dos pacientes com variáveis relacionadas à maior porcentagem de intubação endotraqueal. |
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ISSN: | 0103-507X 1982-4335 |
DOI: | 10.1590/S0103-507X2012000300012 |