(Re)visitando o Estado Novo no Brasil: uma análise da censura e a difusão cultural dos livros nas bibliotecas

O artigo traz uma discussão sobre as relações da censura com as medidas de implementação da difusão cultural dos livros nas bibliotecas no Estado Novo no Brasil. Configura-se como uma abordagem teórica de cunho histórico, bibliográfico e documental, em que foi adotado o conhecimento indiciário sobre...

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Published inEm Questão Vol. 24; no. 3; pp. 125 - 151
Main Authors Oliveira, Alessandra Nunes de, Silva, Luiz Eduardo Ferreira da, Castro, Jetur Lima de
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Published Porto Alegre Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação 01.09.2018
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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Summary:O artigo traz uma discussão sobre as relações da censura com as medidas de implementação da difusão cultural dos livros nas bibliotecas no Estado Novo no Brasil. Configura-se como uma abordagem teórica de cunho histórico, bibliográfico e documental, em que foi adotado o conhecimento indiciário sobre as quais evidenciam-se os aspectos interpretativos de outras formas do saber que partilham das pistas e das pegadas por meio do conhecimento indireto.  São feitas considerações sobre o desenvolvimento do Instituto Nacional do Livro nas bibliotecas, sob a influência do Estado Novista, e sobre a relação da censura com o Departamento de Imprensa e Propaganda, com o qual estava coligada aos interesses do governo em questão em relação à expansão e à difusão dos livros. Considera-se que o livro e a leitura foram um esforço grande na política de Vargas com o Estado Novo, com a criação do Instituto Nacional do Livro, um ato perigoso, diga-se, na propaganda, instanciado em nome da moral e dos bons costumes e, por conseguinte, alvo da censura e da repressão à liberdade de expressão de grandes autores brasileiros citados no estudo, como Jorge Amado, Monteiro Lobato, Cecília Meireles e José Lins do Rego. Portanto, é necessário questionar, visto que ainda há uma tendência aos vestígios conservadores, como o do Estado Novo, devido às tradições habituais instauradas nos ambientes de trabalho, ao clima de vigilância nas instituições e às políticas comuns em bibliotecas.
ISSN:1807-8893
1808-5245
1808-5245
DOI:10.19132/1808-5245243.125-151