Colonização microbiana precoce de pacientes identificados por triagem neonatal para fibrose cística, com ênfase em Staphylococcus aureus

OBJETIVOS: Avaliar prospectivamente a colonização bacteriana de pacientes com fibrose cística identificados por triagem neonatal. Avaliar a suscetibilidade a antimicrobianos e caracterizar molecularmente as cepas de Staphylococcus aureus isoladas da orofaringe dos pacientes no período do estudo. MÉT...

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Published inJornal de pediatria Vol. 82; no. 5; pp. 377 - 382
Main Authors Souza, Helena A. P. H. M., Nogueira, Keite S., Matos, Adriana P., Vieira, Ricardo P., Riedi, Carlos A., Rosário, Nelson A., Telles, Flávio Q., Dalla Costa, Libera M.
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Sociedade Brasileira de Pediatria 01.10.2006
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Summary:OBJETIVOS: Avaliar prospectivamente a colonização bacteriana de pacientes com fibrose cística identificados por triagem neonatal. Avaliar a suscetibilidade a antimicrobianos e caracterizar molecularmente as cepas de Staphylococcus aureus isoladas da orofaringe dos pacientes no período do estudo. MÉTODOS: Foram estudados 25 pacientes com fibrose cística, identificados por tripsina imunorreativa e com diagnóstico confirmado por duas ou mais provas de suor, atendidos regularmente no ambulatório de fibrose cística do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Foram coletadas amostras de orofaringe com swab e cultivadas por métodos rotineiros; as colônias bacterianas foram identificadas fenotipicamente e testadas quanto à suscetibilidade a antimicrobianos. Os isolados de S. aureus foram submetidos a tipagem molecular por eletroforese em campo pulsado. RESULTADOS: De um total de 234 amostras de orofaringe, S. aureus foi isolado em maior número (76% dos pacientes, 42% das amostras), seguido de Pseudomonas aeruginosa (36% dos pacientes, 16% das amostras) e Haemophilus spp. (76% dos pacientes; 19% das amostras). Dos 19 pacientes colonizados com S. aureus, foram obtidos 73 isolados, 18 oxacilina-resistentes (24,6%), isolados de dois pacientes, com perfis eletroforéticos idênticos ao do clone brasileiro. Os demais isolados oxacilina-sensíveis distribuíram-se entre 18 perfis eletroforéticos distintos. CONCLUSÃO: Observou-se uma maior prevalência de S. aureus, com isolamento mais precoce em relação aos outros patógenos pesquisados. Os isolados multissensíveis distribuíram-se em clones distintos, caracterizando a não transmissibilidade entre as cepas comunitárias. Os S. aureus resistentes a oxacilina isolados apresentaram perfis eletroforéticos idênticos, provavelmente adquiridos no ambiente hospitalar. P. aeruginosa foi pouco freqüente na população estudada.
ISSN:0021-7557
1678-4782
DOI:10.1590/S0021-75572006000600012