Hospitalizações entre crianças e adolescentes no território de abrangência de um serviço de Atenção Primária à saúde

A hospitalização, além de sofrimento familiar importante, é um evento de custo elevado para o sistema de saúde; além disso, ela pode ser, muitas vezes, prevenida no nível ambulatorial. Oobjetivo deste estudo foi identificar o percentual de hospitalizações por condições sensíveis à atenção ambulatori...

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Published inRevista brasileira de medicina de família e comunidade Vol. 3; no. 12; pp. 271 - 281
Main Authors Lenz, Maria Lucia Medeiros, Flores, Rui, Pires, Norma Vieira, Stein, Airton Tetelbom
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 17.11.2008
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Summary:A hospitalização, além de sofrimento familiar importante, é um evento de custo elevado para o sistema de saúde; além disso, ela pode ser, muitas vezes, prevenida no nível ambulatorial. Oobjetivo deste estudo foi identificar o percentual de hospitalizações por condições sensíveis à atenção ambulatorial (CSAA) que se referem àquelas em que a atenção efetiva e a tempo podem evitar internação. Foram estudadas 3.329 hospitalizações em menores de 19 anos, ocorridas nos anos de 2001 a 2004, em quatro hospitais do SUS, principais referências para uma população de áreas adscritas de um serviço de Atenção Primária em Saúde (APS). Análises univariadas e multivariadas foram empregadas para verificar associação entre variáveis independentes e a ocorrência de hospitalizações por CSAA. Identificou-se uma taxa anual de hospitalização de 2,9%. As doenças do aparelho respiratório são o grupo de causa mais freqüente (36%), seguido do grupo das perinatais (14%), infecciosas e parasitárias (10%), do aparelho digestivo (9%) e das causas externas (6%). As reinternações corresponderam a 16% do total de internações. A taxa de hospitalização por CSAA foi de 35,6%, variando de 25% a 43% entre as Unidades de APS. As variáveis relacionadas à maior ocorrência de hospitalizações por este motivo foram: idade de um a quatro anos (p<0,01), ter ido direto para o hospital porque a Unidade estava fechada (p=0,04) ou pela gravidade do caso (p=0,03). O estudo indica a necessidade de incrementar ações de vigilância às hospitalizações por CSAA, que ocorrem com maior freqüência nos meses de inverno, às crianças de um a nove anos, por apresentarem-se mais vulneráveis à hospitalização por essas condições, e às reinternações, não reduzidas nos últimos  quatro anos.
ISSN:1809-5909
2179-7994
DOI:10.5712/rbmfc3(12)363