Qualia, categorias semióticas, verdade sentida: remática, pragmática, simbólica

É um truísmo sócio-científico, e também um problema, que as verdades sentidas “imediatas” dos indivíduos façam parte de uma semiótica “dinâmica” dos grupos sociais e, portanto, devem ser investigadas como tais. Qualia, cuidadosamente formulados como fatos de primeiridade, disagregam e esclarecem par...

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Published inEstudos semióticos Vol. 18; no. 2; pp. 56 - 81
Main Author Harkness, Nicholas
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Universidade de São Paulo, Letras e Ciências Humanas 26.08.2022
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Summary:É um truísmo sócio-científico, e também um problema, que as verdades sentidas “imediatas” dos indivíduos façam parte de uma semiótica “dinâmica” dos grupos sociais e, portanto, devem ser investigadas como tais. Qualia, cuidadosamente formulados como fatos de primeiridade, disagregam e esclarecem partes desse problema. Os fatos de primeiridade se tornam uma categoria semiótica metodologicamente viável a partir da reformulação, feita de acordo com o interpretante, do Triângulo de Peirce de 1903 referente aos dez tipos de signos. Este rearranjo diagramático revela o domínio da remática, estendendo-se continuamente dos sinais remáticos simbólicos mais familiares, que são os legissignos, aos qualia entendidos como casos limite de semiose nos quais a própria mediação semiótica parece estar suspensa no (e pelo) imediato estético. O rearranjo diagramático também acentua os qualia como culturalmente emergentes: sedimentos de vasta escala e operações de semiose que enganosamente guardam pouca semelhança com o seu processo de produção. Um exemplo de calibração sônica, cinestésica e visual dá respaldo à discussão.
ISSN:1980-4016
1980-4016
DOI:10.11606/issn.1980-4016.esse.2022.194325