Crioablação da Região Para-Hissiana

Fundamentos:A ablação da região para-Hissiana é um desafi o devido ao risco de lesão inadvertida do feixe de His. A crioablação, pela sua progressão mais lenta, permite a interrupção da aplicação em caso de sinais de lesões indesejadas e adesividade do cateter durante as aplicações, o que tem tornad...

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Published inJournal of Cardiac Arrhythmias Vol. 32; no. 1; pp. 6 - 9
Main Authors Araujo de Oliveira Junior, Nilson, Ferreira de Souza, Olga, Periquito Cosenza, Rodrigo, Tavares Pinheiro, Martha Valéria, Camiletti, Angelina, Rezende de Siqueira, Leonardo
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published São Paulo Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) Depto de Estimulação Cardíaca Artificial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) 01.01.2019
Linceu Editorial
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Summary:Fundamentos:A ablação da região para-Hissiana é um desafi o devido ao risco de lesão inadvertida do feixe de His. A crioablação, pela sua progressão mais lenta, permite a interrupção da aplicação em caso de sinais de lesões indesejadas e adesividade do cateter durante as aplicações, o que tem tornado a crioablação o método ideal para esses pacientes. Objetivos: Demonstrar os resultados de uma série inicial de pacientes encaminhados para crioablação de vias para-hissianas. Pacientes e métodos: De abril de 2015 a agosto de 2017, 13 pacientes foram encaminhados para crioablação devido à necessidade de abordagem para-hissiana detectada em procedimentos prévios de ablação. Dos 13 pacientes, sete foram submetidos à tentativa de ablação por radiofrequência (RF) e apresentaram insucesso ou recidiva, cinco realizaram apenas estudos eletrofi siológicos, não sendo tentada a ablação, e um foi indicado primariamente. A idade média era 32 ± 16 anos. Onze pacientes tinham vias anômalas (VAs) manifestas, um oculta e um taquicardia por reentrada nodal (TRN) com sinais de bloqueio atrioventricular (AV) transitório durante RF. Aplicava-se um ciclo de 4 minutos seguido de mais um ciclo em caso de resultado positivo. Resultados: Dos 13 pacientes, 11 apresentaram sucesso agudo em eliminar a via acessória. Um paciente tinha múltiplas vias acessórias, sendo uma lateral direita e uma lateral esquerda. Nesse paciente foi possível apenas a ablação da via esquerda. Em todos os demais foi observado exuberante potencial hissiano no ponto de aplicação com sucesso. O paciente com TRN foi ablacionado na região M sem intercorrências. Foram necessárias quatro aplicações em média para eliminação da via acessória com sucesso. A temperatura local média foi de -74 ºC. Em cinco pacientes foi observada a ocorrência de bloqueio do ramo direito (BRD) de terceiro grau. Em um paciente foi interrompida a aplicação precocemente pelo BRD e não foi realizada a aplicação de bônus. Esse foi o único paciente com sucesso agudo que apresentou recidiva clínica. Em nenhum paciente foi observado BAV transitório. Não foram observadas complicações. Conclusão:A crioablação de vias para-hissianas e TRN em regiões mais circunvizinhas do His foi um método efi caz para tratamento nessa população de pacientes refratários ou recusados para tratamento por RF. A ocorrência de BRD agudo não parece um critério para interrupção das aplicações
ISSN:2674-7081
2674-7081
2674-7472
DOI:10.24207/jac.v32i1.528_PT