Dados de utilização dos medicamentos biológicos para psoríase no âmbito do SUS

Introdução: Apesar da avaliação minuciosa de cada tecnologia que é incorporada pelo SUS, nem sempre o impacto clínico esperado reflete ao que é encontrado após a incorporação da tecnologia. Um dos motivos é que após a implementação, a tecnologia em saúde é utilizada por uma população heterogênea, co...

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Published inJornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia Vol. 7; no. s.1
Main Authors Maria Amanda Oliveira Lyrio, Tacila Pires Mega, Ana Carolina de Freitas Lopes, Felipe Ferré, Antônio Marcos Santana Barreira, Samara Helena de Carvalho, Clementina Corah Lucas Prado, Vania Cristina Canuto Santos
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Instituto Nacional de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia 25.01.2023
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Summary:Introdução: Apesar da avaliação minuciosa de cada tecnologia que é incorporada pelo SUS, nem sempre o impacto clínico esperado reflete ao que é encontrado após a incorporação da tecnologia. Um dos motivos é que após a implementação, a tecnologia em saúde é utilizada por uma população heterogênea, com necessidades complexas de cuidados à saúde, entre outros fatores que podem comprometer efetividade do medicamento. Assim, o monitoramento das tecnologias incorporadas é essencial tanto para apoiar a avaliação de novas tecnologias numa mesma condição clínica, quanto para a reavaliação a partir dos resultados observados na população. Métodos: Foram resgatadas todas as informações disponíveis na SABEIS que estavam vinculadas ao Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Psoríase, segundo as CIDs-10 primárias: L40.0; L40.1; L40.4; e L40.8, e aos medicamentos biológicos, segundo o SIGTAP. Para essa análise foi utilizado o dado atualizado até o dia 22 de março de 2022. O período avaliado foi a partir do primeiro registro do medicamento no SUS até dezembro de 2021. Os dados foram analisados e apresentadas na forma de estatística descritiva. Resultados: Os medicamentos adalimumabe, etanercepte, secuquimumabe e ustequinumabe foram incorporados em outubro de 2018 e a implementação no SUS foi em outubro de 2019, com exceção do ustequinumabe que a implementação foi em maio de 2020. Já o risanquizumabe foi incorporado em setembro de 2020 e a implementação foi em abril de 2022, não sendo possível avaliar os dados de utilização, visto que está fora do período analisado nesse estudo. Assim, o tempo entre a incorporação e implementação no SUS variou de 12 a 19 meses. Em 2021, havia 10.146 usuários em uso de ao menos um medicamento biológico para psoríase, destaca-se que 6.031 eram usuários novos. Dentre os medicamentos avaliados o adalimumabe era o que apresentava a maior quantidade usuários em 2021 (35%), seguido do ustequinumabe (31%). Esse resultado já era esperado, visto que o adalimumabe e etanercepte(em pacientes de 6 a18 anos) é para utilizar como primeira etapa da segunda linha e o secuquinumabe, ustequinumabe ou risanquizumabe na segunda etapa após falha, toxicidade ou contraindicação ao adalimumabe. Ao avaliar para qual medicamento os usuários estavam migrando após falha do tratamento observou-se que neles todos o secuquinumabe era o tratamento que a maioria dos usuários optava. Conclusão: O monitoramento é essencial para avaliar se as tecnologias incorporadas no SUS estão sendo implementadas em tempo célere, se está tendo adesão da população, qual o medicamento mais utilizado e se tem algum que está apresentando regressão de uso, além de outros pontos que podem auxiliar o Ministério da Saúde na incorporação de novas tecnologias para a mesma condição clínica ou até mesmo exclusão de tecnologias que não apresentem efetividade ou segurança para os usuários.
ISSN:2525-5010
2525-7323
DOI:10.22563/2525-7323.2022.v1.s1.p.78