A concepção de Duhem de História da Ciência como história intelectual - teses historiográficas e metodologia da continuidade e da convergência

• Published in: Khronos (São Paulo, Brazil) no. 17; pp. 71 - 100
• Main Authors: Chiappin, José Raymundo Novaes, Silva, Jojomar Lucena da
• Format: Journal Article
• Language: English; Portuguese
• Published: CHC - Centro Interunidades de História da Ciência da Universidade de São Paulo 30.10.2024
• Subjects: continuísmo; História formal; história intelectual; realismo estrutural; teleologia
• ISSN: 2447-2158; 2447-2158
• DOI: 10.11606/issn.2447-2158.i17p71-100

O objetivo deste artigo é apresentar a concepção de história da ciência de Duhem como história intelectual e defender a tese de que se trata de uma concepção continuísta e teleológica, com a função de prover à concepção de ciência uma dinâmica que garanta o valor de conhecimento. De maneira subsidiaria, far-se-á a introdução de uma segunda concepção de história, formal, mais restritiva por ser fruto exclusivo da lógica e da base empírica da ciência, e mostrar que é sobre esse cenário onde a história da ciência se apresenta, primeiramente, como contínua e teleológica. Esse artigo é o desenvolvimento de outro publicado alhures. Defendemos, agora, que cada uma das concepções de história, formal e intelectual, tem naturezas e funções próprias que revelam recursos diferentes das partes metodológicas da concepção da teoria da ciência. The objective of this article is to present Duhem's conception of the history of science as intellectual history and defend the thesis that it is a continuistic and tel-eological conception with the function of providing the conception of science with a dynamic that guarantees the value of knowledge. In a subsidiary way, a second conception of history will be introduced: formal, more restrictive as it is the exclu-sive result of the logic and empirical basis of science, and will show that it is in this scenario that the history of science presents itself, firstly, as continuous and teleo-logical. This article is the development of another published elsewhere. We now argue that each of the conceptions of history, formal and intellectual, has its own natures and functions that reveal different resources from the methodological parts of the conception of the theory of science.