PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE TUBERCULOSE INFANTOJUVENIL NO BRASIL

Apesar da tuberculose (TB) ser uma doença evitável e curável, trata-se um importante problema de saúde pública, sendo considerada, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como uma emergência mundial. A TB infantil representa acontecimento-sentinela, sinalizando o contacto com um adulto ou adolescen...

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Published inRevista Uningá Vol. 57; no. S1; pp. 68 - 69
Main Authors Barbosa, Anna Maria Andrade, Tessari, Bernardo Malheiros, Arantes, Bárbara de Oliveira, Freitas, Yuri Borges Bitu de, Silva, Antonio Márcio Teodoro Cordeiro
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Editora Uningá 04.02.2021
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Summary:Apesar da tuberculose (TB) ser uma doença evitável e curável, trata-se um importante problema de saúde pública, sendo considerada, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como uma emergência mundial. A TB infantil representa acontecimento-sentinela, sinalizando o contacto com um adulto ou adolescente bacilífero, o que obriga a um inquérito epidemiológico, rastreio dos contatos e tratamento dos indivíduos doentes. Em crianças com até aos cinco anos de idade, tanto o risco de progressão para doença ativa, como o de desenvolvimento de quadros clínicos mais graves são inversamente proporcionais à idade, uma vez que, nesta faixa etária, existe algum grau de compromisso da resposta imunológica. Diante desse panorama tem-se por objetivo descrever o perfil epidemiológico da tuberculose, em crianças e adolescentes, até 19 anos, no Brasil, analisando os dados de região do país, faixa etária, sexo, etnia, coinfecção com HIV, abandono do tratamento, cura e evolução para óbito, na população estudada por meio de estudo epidemiológico, sobre TB em crianças e adolescentes, no período de 2001 a 2019, no território nacional, com informações referentes à tabulação e interpretação dos dados extraídos do Sistema de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pelo DATASUS. Sob a luz da análise de dados em relação à distribuição demográfica, a região Sudeste permaneceu com os maiores números de casos confirmados de tuberculose, em menores de 19 anos, durante todo o período analisado. Já a região Centro-Oeste teve os menores valores. Todavia, ambas as regiões tiveram decréscimo desses índices, quando comparados os anos de 2001 e 2019; na região Sudeste houve diminuição de 10% e na Centro-Oeste, de 43%. Analisando a prevalência: por sexo, o masculino foi responsável por 55% do total; por faixa etária, 64% dos pacientes tinham de 15 a 19 anos; e, por etnia, a parda teve 40% do total de casos de tuberculose. Entretanto, 23% dos casos tiveram a etnia ignorada ou deixada em branco. Já sobre a questão da coinfecção com HIV, a positividade ocorreu em 3% dos casos. É importante ressaltar a grande quantidade de casos, com testes ignorados/brancos, em andamento e não realizados; 0,2%, 7% e 43%, respectivamente. Em 10% dos casos, houve abandono do tratamento, em 74% cura e, em 0,8%, óbito. A faixa etária de menor de 1 ano obteve os piores índices, com menor percentual de cura e maior de óbitos, 63% e 2,6%, respectivamente. O melhor prognóstico observado foi na faixa de 10 a 14, com 77,6% de cura e 0,6% de óbito. Portanto, vale evidenciar que foram observadas diminuições nos casos de tuberculose, em diferentes contextos, alta prevalência dos índices de óbito e mortalidade em relação à população jovem, na faixa etária de menores de 1 ano. Vale lembrar da população masculina e parda, não concomitantemente, como maiorias afetadas. Ressalta-se carência de informações relativas à etnia e aos testes ignorados/brancos, como limitação do estudo.
ISSN:2318-0579
2318-0579
DOI:10.46311/2318-0579.57.S1.068-069