Monitoramento mensal da linha de costa no Balneário Mostardense - RS entre 2016/2017 utilizando dados de VANT

Neste estudo foi realizado um monitoramento mensal, entre junho de 2016 e junho de 2017, da linha de costa e das dunas frontais no balneário Mostardense. Este segmento de costa situa-se no litoral central do Estado do Rio Grande do Sul, localidade que segundo trabalhos anteriores, sofre com a alta m...

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Published inQuaternary and Environmental Geosciences Vol. 11; no. 1
Main Authors Simões, Rodrigo Silva, De Oliveira, Ulisses Rocha
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Published 17.03.2020
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Summary:Neste estudo foi realizado um monitoramento mensal, entre junho de 2016 e junho de 2017, da linha de costa e das dunas frontais no balneário Mostardense. Este segmento de costa situa-se no litoral central do Estado do Rio Grande do Sul, localidade que segundo trabalhos anteriores, sofre com a alta mobilidade eólica e com os efeitos do processo de erosão costeira. Este processo move a linha de costa em direção ao continente, sobretudo sob a ação de tempestades, ameaçando as ocupações mais próximas do limite praia-duna. Para a realização deste trabalho foram utilizadas um total de 258 fotografias aéreas obtidas em campo mensalmente a partir de um VANT (DJI® Phantom 3 Professional) para construção de ortofotomosaicos. Adicionalmente foram coletadas fotografias oblíquas (200), além de dados derivados de dois ondógrafos e de uma estação meteorológica, buscando compreender melhor as taxas de mobilidade da linha de costa, fruto da erosão e recomposição das dunas frontais. Os cálculos de variação de linha de costa foram realizados a partir do método do polígono de mudança. Os resultados demonstram a dinâmica da linha de costa, com destaque para um recuo significativo quando da passagem de um evento extremo de ondas do quadrante S ocorrido em outubro de 2016, onde houve recuo médio de linha de costa de 13,8 m entre outubro e novembro do mesmo ano. Também foram identificados períodos de recomposição das dunas frontais por ação eólica, sob o domínio de ventos de NE. Porém, durante o monitoramento realizado, não houveram taxas significativas de recomposição se comparadas com as de recuo. Os resultados obtidos também apontam para as potencialidades da utilização da ferramenta VANT em estudos de morfodinâmica costeira, podendo ser utilizado tanto para análises qualitativas (fotografias oblíquas) como para análises quantitativas (fotografias verticais).
ISSN:2176-6142
2176-6142
DOI:10.5380/abequa.v11i1.65729