Orientação para alimentação saudável e fatores associados entre usuários da atenção primária à saúde no sul do Brasil

Objetivo: Descrever a prevalência de orientação para alimentação saudável, diferenças entre modelo assistencial e fatores associados entre usuários da atenção primária de saúde. Métodos: Estudo transversal, realizado com 1.246 adultos e idosos, em Pelotas, Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados...

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Published inRevista brasileira em promoção da saúde = Brazilian journal in health promotion Vol. 29; no. 1; pp. 34 - 42
Main Authors Loraine Lindemann, Ivana, Andres Mendoza-Sassi, Raúl
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Published Universidade de Fortaleza 30.03.2016
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Summary:Objetivo: Descrever a prevalência de orientação para alimentação saudável, diferenças entre modelo assistencial e fatores associados entre usuários da atenção primária de saúde. Métodos: Estudo transversal, realizado com 1.246 adultos e idosos, em Pelotas, Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados entre maio e outubro de 2013, por meio da aplicação de questionário investigando dados socioeconômicos, doenças crônicas autorreferidas, autopercepção da saúde e da alimentação, estado nutricional, modelo assistencial em que é atendido e orientação para alimentação saudável. A associação entre as variáveis independentes e a orientação para alimentação saudável foi verificada por meio da Razão de Prevalências, comparando-se expostos e não expostos quanto à frequência da orientação. Resultados: A prevalência da orientação para alimentação saudável foi de 42% (IC95 39,2-44,7) e apresentaram maior probabilidade: mulheres (RP=1,51; IC95 1,26-1,83), idosos (RP=1,39; IC95 1,20-1,62), aqueles com maior número de doenças crônicas (RP=1,62; IC95 1,36-1,93), que autoperceberam sua alimentação como negativa (RP=1,32; IC95 1,14-1,52) e atendidos pela Estratégia de Saúde da Família (RP=1,15; 1,02-1,30). A probabilidade da orientação para alimentação saudável mostrou-se menor entre os com cor da pele branca (RP=0,85; IC95 0,74-0,97) e ensino médio e superior ou mais (RP=0,88 e 0,83 respectivamente, p teste tendência linear = 0,037). Conclusão: Na atenção primária, a orientação para alimentação saudável não é universal e há iniquidade, deixando clara a necessidade de maiores esforços no sentido de ampliar a oferta. Maior atenção deve ser dada aos homens, aos indivíduos mais jovens, aos com cor da pele branca e àqueles sem diagnóstico de doenças crônicas.
ISSN:1806-1222
1806-1230
DOI:10.5020/18061230.2016.p34