Medicina antienvelhecimento: notas sobre uma controvérsia sociotécnica

Após algumas décadas de batalha, a geriatria e a gerontologia se tornaram as legítimas ciências do envelhecimento. Hoje surge uma contestação a tal condição. Em sua breve história, a medicina antienvelhecimento se afirmou como prática médica que questiona o modo de se endereçar o envelhecimento biol...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inHistória, ciências, saúde--Manguinhos Vol. 21; no. 4; pp. 1361 - 1378
Main Authors Leitão, Antônio Nogueira, Pedro, Rosa Maria Leite Ribeiro
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 01.12.2014
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:Após algumas décadas de batalha, a geriatria e a gerontologia se tornaram as legítimas ciências do envelhecimento. Hoje surge uma contestação a tal condição. Em sua breve história, a medicina antienvelhecimento se afirmou como prática médica que questiona o modo de se endereçar o envelhecimento biológico. Com isso, toda a medicina é questionada. Aqui, exploramos especialmente como essa controvérsia se estrutura em torno dos fundamentos das ciências do envelhecimento. Há bases para esses questionamentos? Como eles foram tratados por aqueles que os receberam? Tendo em vista uma perspectiva sociotécnica, é interessante pensar que, para geriatras e gerontólogos, a necessária crítica à medicina antienvelhecimento também traz uma importante reflexão sobre o modo como as ciências do envelhecimento vêm tratando seu objeto. After some decades of struggle, geriatrics and gerontology have become the legitimate sciences of aging. Today, their status is being questioned. In its short history, anti-aging medicine has taken root as a medical practice that questions how to address biological aging. In so doing, all medicine is questioned. Here, we explore in particular how this controversy is structured around the founding principles of the sciences of aging. Is there any basis for these questionings? How have they been treated by those who have received them? Taking a socio-technical viewpoint, it is worth considering that for geriatricians and gerontologists, the need to criticize anti-aging medicine also raises some important reflections about how the sciences of aging address their subject.
ISSN:0104-5970
0104-5970
DOI:10.1590/S0104-59702014005000021