As decisões no fim da vida nas unidades de cuidados intermédios: Um estudo europeu
Na maior parte dos países ocidentais morre anualmente cerca de 1% da população. Apesar dos avanços tecnológicos da medicina actual no tratamento dos doentes muito graves e no prolongamento da vida, é hoje reconhecido que este prolongamento pode não ser um objectivo apropriado. A 5.ª Conferência Inte...
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Published in | Revista portuguesa de pneumologia (English ed.) Vol. 13; no. 6; pp. 883 - 887 |
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Main Authors | , , , , , , , , |
Format | Journal Article |
Language | Portuguese |
Published |
Elsevier España
01.11.2007
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Summary: | Na maior parte dos países ocidentais morre anualmente cerca de 1% da população. Apesar dos avanços tecnológicos da medicina actual no tratamento dos doentes muito graves e no prolongamento da vida, é hoje reconhecido que este prolongamento pode não ser um objectivo apropriado. A 5.ª Conferência Internacional de Consenso em Cuidados Intensivos, sobre as questões ligadas ao tratamento nas unidades de cuidados intensivos, identificou vários problemas:1.A variabilidade da prática clínica2.Modelos inadequados de previsão da morte3.Desconhecimento das preferências dos doentes4.Má comunicação entre os profissionais de saúde e os doentes ou seus representantes5.Treino insuficiente dos prestadores de cuidados de saúde6.Uso de terminologia imprecisa e insensível7.Documentação incompleta nos registos médicos
Na sequência destes resultados, foi recomendada mais investigação que possa conduzir à melhoria dos cuidados de saúde no fim da vida.
A DPOC, o cancro do pulmão, as infecções respiratórias e as doenças torácicas restritivas lideram as causas de morte, contribuindo em conjunto para cerca de 30% das mortes. A insuficiência respiratória crónica agudizada é a fase final habitual destas doenças e, na grande maioria dos casos, é tratada por pneumologistas.
Neste artigo apresenta-se um estudo realizado ao longo de seis meses pelo grupo de interesse em cuidados intensivos respiratórios da Sociedade Respiratória Europeia, com o objectivo de avaliar as práticas clínicas no fim da vida de doentes admitidos em unidades de cuidados intermédios e em unidades de alta dependência na Europa.
Neste estudo foi administrado um questionário de 33 itens que incluiu perguntas sobre a natureza e a epidemiologia das decisões no fim da vida, questões sobre a comunicação destas decisões e questões gerais sobre a organização da unidade, o tipo de doentes habitualmente admitido e as características dos respondedores. Foram incluídos centros do Norte da Europa (Alemanha, Reino Unido, Áustria, França e Bélgica) e do Sul da Europa (Itália, Espanha, Portugal, Turquia e Roménia) e a taxa de respostas foi de 29,5%. Um total de 6008 doentes foram admitidos neste período e a decisão no fim da vida foi obtida em 21,5% (1292 doentes). A taxa de mortalidade verificada nestes foi de 68% (884 dos 1292 doentes). |
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ISSN: | 2173-5115 2173-5115 |
DOI: | 10.1016/S2173-5115(07)70380-9 |