O impacto do ambiente nos níveis de obesidade infantil: quando o território emerge como um fator de diferenciação e risco

Este estudo investiga as associações entre as percepções parentais do ambiente construído e social do local de residência e a prevalência de obesidade infantil segundo o género das crianças. Estuda-se ainda a oferta de modalidades desportivas infantis, verificando a sua potencial contribuição para o...

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Published inCadernos de geografia (Coimbra, Portugal) no. 30-31; pp. 239 - 248
Main Authors Nogueira, H., Ferrão, M. M., Gama, A., Grespan, F., Mourão, I., Marques, V. Rosado, Padez, C.
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Published Coimbra University Press 01.09.2012
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Summary:Este estudo investiga as associações entre as percepções parentais do ambiente construído e social do local de residência e a prevalência de obesidade infantil segundo o género das crianças. Estuda-se ainda a oferta de modalidades desportivas infantis, verificando a sua potencial contribuição para os valores observados de excesso de peso/obesidade. Numa primeira fase, observaram-se 1885 crianças em idade escolar (3-10 anos) residentes no distrito de Coimbra. Nesta amostra, verificou-se uma associação significativa entre a percepção parental do ambiente construído e social e os valores de obesidade no sexo feminino. Numa segunda fase, verificou-se que a oferta de modalidades desportivas na cidade de Coimbra é desequilibrada, restringindo fortemente as oportunidades de prática desportiva às crianças do sexo feminino. Em 67 oportunidades de prática desportiva observadas na cidade, verificou-se que 32 eram mistas, 23 eram direccionadas para o sexo masculino e 12 para o sexo feminino. Conclui-se que as crianças do sexo feminino sofrem processos de discriminação ambiental cujo impacte na saúde pode ser nefasto. Neste contexto, argumenta-se a necessidade de intervenções ambientais, não só como forma de promoção da saúde, mas também de equidade entre os géneros.
ISSN:0871-1623
2183-4016
DOI:10.14195/0871-1623_31_22