Stents farmacológicos de segunda geração para tratamento de lesões proximais isoladas da artéria descendente anterior. Dados do Registro SAFIRA

A estenose grave do terço proximal da artéria descendente anterior (ADA) é classificada como lesão de alto risco, visto que pode comprometer grande parte do miocárdio ventricular esquerdo. Os stents farmacológicos (SF) de segunda geração têm demonstrado maior eficácia e segurança quando comparados a...

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Published inRevista brasileira de cardiologia invasiva Vol. 23; no. 4; pp. 256 - 260
Main Authors Mangione, Fernanda Marinho, Mauro, Maria Fernanda Zulliani, Silva, Paulo Vasconcelos, Carnieto, Nádia Mendonça, Cristóvão, Salvador André Bavaresco, Salman, Adnan Ali, Dutra, Gustavo Alexandre, de Aguillar Giordano, Bernardo Monteiro, Dessiyeh, Fabio Musa Mustafa, Gomes, Marcelo P., Jatene, Tanas, Mangione, José Armando
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Elsevier Editora Ltda 01.10.2015
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Summary:A estenose grave do terço proximal da artéria descendente anterior (ADA) é classificada como lesão de alto risco, visto que pode comprometer grande parte do miocárdio ventricular esquerdo. Os stents farmacológicos (SF) de segunda geração têm demonstrado maior eficácia e segurança quando comparados aos não farmacológicos ou aos de primeira geração. São escassos os relatos na literatura do emprego desses dispositivos para o tratamento de lesões isoladas do terço proximal da ADA. Estudo observacional e prospectivo, que incluiu pacientes uniarteriais, portadores de lesão de novo no terço proximal da ADA, tratados eletivamente com SF de segunda geração. Avaliamos os desfechos clínicos hospitalares e tardios. Foram incluídos 70 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (70%), com média de idades de 65,4 ± 11,2 anos e com alta prevalência de diabetes (37%). O quadro clínico mais frequente foi angina estável (57,1%) e metade das lesões era do tipo B2 ou C. Foram tratadas 70 lesões com 71 stents, com sucesso angiográfico de 100%. O desfecho primário composto por óbito cardíaco, infarto não fatal ou revascularização do vaso alvo no seguimento clínico de 2,5 anos ocorreu em 3% dos pacientes. A mortalidade cardíaca foi de 1,5%, e a revascularização da lesão alvo foi necessária em apenas 1,5% dos pacientes. Em pacientes uniarteriais com lesões de novo da ADA proximal, o tratamento eletivo com SF de segunda geração parece ser uma opção segura, com baixas taxas de eventos cardíacos adversos ou necessidade de nova revascularização. Severe stenosis of the proximal left anterior descending artery (LAD) is classified as a high‐risk lesion, as it may affect a large part of the left ventricular myocardium. Second‐generation drug‐eluting stents (DES) have been shown to be more effective and safer when compared to bare‐metal or first‐generation ones. There are few reports in the literature on the use of these devices for the treatment of isolated lesions in the proximal LAD. Observational and prospective study, which included single‐vessel patients with de novo lesions in the proximal LAD, electively treated with second‐generation DES. In‐hospital and late clinical outcomes were evaluated. Seventy patients were included, most of them males (70%), with a mean age of 65.4 ± 11.2 years and a high prevalence of diabetes (37%). The most common clinical presentation was stable angina (57.1%) and half of the lesions were type B2 or C. A total of 70 lesions were treated with 71 stents, with 100% angiographic success. The primary endpoint, consisting of cardiac death, nonfatal infarction, or target‐vessel revascularization during the 2.5‐year clinical follow‐up, occurred in 3% of the patients. Cardiac death was 1.5%, and target‐lesion revascularization was required in only 1.5% of the patients. Elective treatment with second‐generation DES seems to be a safe option in single‐vessel patients with de novo lesions in the proximal LAD, with low rates of adverse cardiac events or need for additional revascularization procedure.
ISSN:0104-1843
DOI:10.1016/j.rbci.2015.11.001