Orientações Pós Mastectomia: O Papel da Enfermagem

O tratamento para o câncer de mama, especialmente a cirurgia, acarreta para a mulher uma série de consequências de ordem física e emocional, dentre as quais destacam-se aquelas relacionadas ao desempenho de suas atividades na vida diária e de seus papéis sociais. A reabilitação da mulher submetida a...

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Published inRevista Brasileira de Cancerologia Vol. 46; no. 1; pp. 57 - 62
Main Authors Mamede, Marli Villela, Clapis, Maria José, Panobianco, Marislei S., Biffi, Raquel G., Bueno, Luciano Villela
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Instituto Nacional de Câncer (INCA) 16.01.2023
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Summary:O tratamento para o câncer de mama, especialmente a cirurgia, acarreta para a mulher uma série de consequências de ordem física e emocional, dentre as quais destacam-se aquelas relacionadas ao desempenho de suas atividades na vida diária e de seus papéis sociais. A reabilitação da mulher submetida a uma cirurgia por câncer de mama requer, portanto, uma assistência multiprofissional, na qual é grande a importância do papel da enfermagem. Nesse processo de reabilitação, ela deverá receber informações a respeito dos cuidados após a cirurgia, orientações e informações sobre as diferenres etapas de recuperação, cuidados com o membro superior homolareral à cirurgia, exercícios que recuperem a capacidade funcional do braço e do ombro, além de informações sobre outros tratamentos, como radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia O presente trabalho tem como objetivo identificar as orientações recebidas por um grupo de mulheres mastectomizadas, quanto aos cuidados com o braço homolateral à cirurgia, no período de internação e alta hospitalar, bem como identificar os profissionais que têm assumido as orientações pós-mastectomia. Os dados foram coletados de um banco de dados informatizado. A amostra constou dos prontuários de 324 mulheres cuja idade variou de 29 a 86 anos, sendo que a maioria delas (53,07%) estava entre 41 a 60 anos, 48,45% tinham 1° grau incompleto, e 62,34% eram casadas. Verificou-se que 227 (70%) receberam orientações limitadas a apenas alguns exercícios físicos, dentre eles; com a bolinha (41,9%), elevar o braço (55,86%). As orientações foram realizadas com mais freqüência pelo médico 123 (37,96%) e pela equipe de enfermagem 104 (32,09%). Os dados chamam a atenção para que a equipe de enfermagem esteja mais atenta ao preparo da paciente para o processo de reabilitação, o qual deve ser iniciado desde a fase do diagnóstico. Assim os autores discutem alguns aspectos importantes nessa assistência, como a orientação quanto ao auto-cuidado; à realização das tarefas diárias; aos exercícios físicos e cuidados específicos com o membro superior do lado operado, prevenindo o aparecimento do linfedema, entre outros.
ISSN:2176-9745
2176-9745
DOI:10.32635/2176-9745.RBC.2000v46n1.3402