Madalena e Mirtes: “Por que as mulheres negras são as últimas da fila depois de ninguém?”

Este artigo suscita uma reflexão sobre a condição que muitas mulheres negras ainda vivem na sociedade brasileira. Nesta breve análise examinamos as memórias coletivas dos grupos dominantes e dominados desde o contexto da escravidão brasileira até a sociedade atual tomando como base a teoria da memór...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inOdeere Vol. 6; no. 1; pp. 84 - 108
Main Authors Gomes, Marília do Amparo Alves, Cunha, Tânia Rocha de Andrade
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 30.06.2021
Subjects
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:Este artigo suscita uma reflexão sobre a condição que muitas mulheres negras ainda vivem na sociedade brasileira. Nesta breve análise examinamos as memórias coletivas dos grupos dominantes e dominados desde o contexto da escravidão brasileira até a sociedade atual tomando como base a teoria da memória de Maurice Halbwachs e Michael Pollak, recorremos também aos estudos de algumas feministas negras, a exemplo de Grada Kilomba, Bell Hooks, Sueli Carneiro e Chimamanda Adichie e também da feminista Heleieth Saffioti, que abordam o viés da interseccionalidade e escancara as desigualdades, opressões e violências enfrentadas pelas mulheres negras. Assim, a partir de uma análise qualitativa, podemos afirmar que: i) a memória coletiva de grupos da elite branca é memória oficial e reflete o modelo de relações raciais do Brasil; ii) a memória e o esquecimento marcam a trajetória do povo negro; iii) o projeto colonial se apresenta com novas roupagens do racismo.
ISSN:2525-4715
2525-4715
DOI:10.22481/odeere.v6i01.8546