Classificar e institucionalizar a infância: conexões entre a família e a escola em A criança problema, de Arthur Ramos

Neste texto temos como proposta analisar os escritos do médico, antropólogo e psicanalista alagoano Arthur Ramos (1903-1949) sobre a chamada “criança problema”, formulados no final da década de 1930, a partir de observações de profissionais em algumas escolas públicas do Distrito Federal, Rio de Jan...

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Published inCadernos de História da Educação Vol. 23; pp. e2024 - 43
Main Author Elisângela da Silva Santos
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Universidade Federal de Uberlândia 30.10.2024
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Summary:Neste texto temos como proposta analisar os escritos do médico, antropólogo e psicanalista alagoano Arthur Ramos (1903-1949) sobre a chamada “criança problema”, formulados no final da década de 1930, a partir de observações de profissionais em algumas escolas públicas do Distrito Federal, Rio de Janeiro, entre os anos de 1934 e 1939, as denominadas Escolas Experimentais. Nos deteremos ao tipo de criança rotulada por Ramos como escorraçada, que no livro foi destinado 4 capítulos onde o autor explora como as condições do ambiente vital da criança são determinantes para sua aprendizagem, sociabilidade, e condições para possíveis desajustes ou não. O objetivo do texto é remontar parte da história sociológica, educacional e psicológica sobre a visão da infância pobre no Brasil, e como essa interpretação realizou uma forma de sujeição sanitária daquelas crianças, vistas como potenciais problemas à nação, uma vez que pobreza e escorraçamento estavam intimamente relacionados.
ISSN:1982-7806
DOI:10.14393/che-v23-e2024-43