Leishmaniose visceral humana: letalidade e tempo da suspeição ao tratamento em área endêmica no Brasil
Justificativa e objetivos: a leishmaniose visceral humana (LVH) constitui-se em persistente problema de saúde pública, configurando-se um desafio à redução de sua letalidade. Para avaliação dos fatores associados à letalidade, este estudo tem ênfase no tempo decorrido da suspeição ao tratamento de L...
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Published in | Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção Vol. 12; no. 4 |
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Main Authors | , , , |
Format | Journal Article |
Language | English Portuguese |
Published |
Universidade de Santa Cruz do Sul
03.03.2023
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Summary: | Justificativa e objetivos: a leishmaniose visceral humana (LVH) constitui-se em persistente problema de saúde pública, configurando-se um desafio à redução de sua letalidade. Para avaliação dos fatores associados à letalidade, este estudo tem ênfase no tempo decorrido da suspeição ao tratamento de LVH, nos anos de 2015 a 2019, no município de Araguaína-TO, área de transmissão intensa. Métodos: estudo epidemiológico de série de casos com acompanhamento longitudinal, com informações extraídas das fichas de notificação e investigação de LVH. Utilizou-se o risco relativo (RR) como medida de força de associação para o óbito, sendo calculado com intervalos de confiança (IC 95%) estimados pelo Teste de Wald. Os intervalos de tempo foram representados em dias por box plot em medianas (Md). Resultados: dos 191 casos de LVH, 179 (93,72%) obtiveram cura e 12 (6,28%) apresentaram desfecho fatal. Não houve associação de risco de morte por sexo, escolaridade, raça ou cor, sendo significativa apenas por idade nas faixas etárias de adultos jovens (RR= 16,09) e idosos (RR=7,08). O tempo da suspeição ao tratamento em crianças foi mais curto (0-35 dias, Md= 12) que o de pacientes mais velhos (4-44 dias, Md=18) e naqueles que evoluíram ao óbito (7-65 dias, Md=20), realçando maior inoportunidade de cura nesses dois últimos grupos. Conclusão: o diagnóstico tardio foi um indicador determinante para piores desfechos, e cinco dias fizeram a diferença entre o grupo com desfecho para cura e o grupo dos que vieram a óbito, destacando a necessidade de encurtamento da espera para tratamento. |
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ISSN: | 2238-3360 2238-3360 |
DOI: | 10.17058/reci.v12i4.17755 |