Historicismo, ciência e poder de classificação. Reflexões em torno da problemática da democracia em África e em Angola

O artigo começa com uma reflexão sobre o historicismo, a formação da ciência moderna e a subalternização do Outro não ocidental e a incidência destes conceitos e processos sobre a realidade africana. No sentido de demonstrar como tais conceitos e processos desvirtuam, muitas vezes, a realidade que p...

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Published inRevista angolana de sociologia no. 10; pp. 35 - 48
Main Author Venâncio, José Carlos
Format Journal Article
LanguagePortuguese
English
Published Sociedade Angolana de Sociologia 01.12.2012
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Summary:O artigo começa com uma reflexão sobre o historicismo, a formação da ciência moderna e a subalternização do Outro não ocidental e a incidência destes conceitos e processos sobre a realidade africana. No sentido de demonstrar como tais conceitos e processos desvirtuam, muitas vezes, a realidade que pretendem estudar, tomou-se como exemplo o conceito de democracia que, para o devido efeito, foi entendido no seu sentido amplo, i.e., envolvendo as suas dimensões institucional e vivencial. Este entendimento de democracia permitiu-nos relevar a relação ambígua que as sociedades e os Estados africanos têm para com o mesmo: se as vivências africanas são geralmente marcadas pela tolerância, se as decisões políticas dos chefes tradicionais eram/são, em princípio, partilhadas com conselhos que os assistem/iam, o mesmo não se tem acontecido, numa larga maioria de situações, com a vigência do Estado moderno, do Estado pós-colonial. Na análise deste processo, elegeu-se o actual momento político em Angola como estudo de caso.
ISSN:1646-9860
2312-5195
DOI:10.4000/ras.231