Determinantes do baixo peso ao nascer a partir das Declarações de Nascidos Vivos
Este estudo teve como objetivos conhecer a distribuição do peso de nascimento das crianças de Campinas (SP) e indicar fatores de risco para baixo peso. Realizou-se estudo transversal no qual foram utilizados dados das 14.444 Declarações de Nascidos Vivos de 2001. A variável dependente foi o peso de...
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Published in | Revista brasileira de epidemiologia Vol. 11; no. 1; pp. 169 - 179 |
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Main Authors | , , , |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
01.03.2008
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Summary: | Este estudo teve como objetivos conhecer a distribuição do peso de nascimento das crianças de Campinas (SP) e indicar fatores de risco para baixo peso. Realizou-se estudo transversal no qual foram utilizados dados das 14.444 Declarações de Nascidos Vivos de 2001. A variável dependente foi o peso de nascimento, e as independentes as características maternas, gestacionais, do parto e do recém-nascido. Na avaliação da associação entre variáveis empregou-se teste de qui-quadrado e calculou-se valores de odds ratio brutos (OR) e ajustados (ORaj). A média do peso de nascimento foi 3.142g, variando de 285 a 5.890g; 65,1% das crianças pesaram 3.000g ou mais, 25,7% entre 2.500 e 2.999g e 9,1% menos de 2.500g. Os determinantes para baixo peso em prematuros foram cesariana, gemelaridade, recém-nascidos femininos e os de mulheres com menos de sete consultas de pré-natal. Para crianças a termo os riscos foram gestação dupla, tripla ou mais, filhos de mulheres com mais de 34 anos, das com até sete anos de estudo, com oito a onze e das com menos de sete consultas de pré-natal. A distribuição de peso de nascimento em Campinas foi inadequada e a proporção de baixo peso foi mais que o dobro dos países desenvolvidos. Os recém-nascidos prematuros que nasceram por cesariana, os prematuros e os a termo de gestação múltipla, os femininos, os de mulheres com pré-natal inadequado e os a termo daquelas com maior idade e baixa escolaridade apresentaram maior chance de nascer com baixo peso.
The distribution of birth weight was determined for children in Campinas, Brazil, and risk factors for low birth weight were assessed. A cross-sectional study was conducted using the variables from Live Birth Certificates in 2001. The dependent variable was birth weight and the independent ones were mothers' characteristics and those related to their pregnancies and to newborns. The association between variables was assessed by the chi-square test, crude odds-ratio (OR) and adjusted odds-ratio (ORadj) values. The mean birth weight was 3,142g, with a distribution varying from 285 to 5,890g, in which 65.1% of the children weighed 3,000g or more, 25.7% weighed from 2,500 to 2,999g and 9.1% presented low birth weight. The determinants for low birth weight for premature babies were cesarean sections, twin babies, female babies and mothers having less than seven medical visits in prenatal care. For term babies, the risk for low birth weight was increased for twins, triplets or more, mother more than 34 years old, those who studied up to seven years, or 8-11 years, and mothers having less than seven medical visits in prenatal care. The results indicate that the distribution of birth weight in Campinas was inadequate and the proportion of low birth weight was more than two times higher than in developed countries. The likelihood for low birth weight was higher for premature babies born by C-sections, preterm and term babies from a multiple pregnancy, female babies, babies of mothers with inappropriate prenatal care and term babies of older mothers and with a low educational level. |
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ISSN: | 1415-790X 1415-790X |
DOI: | 10.1590/S1415-790X2008000100016 |