RELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA, APTIDÃO FÍSICA E RISCO CARDIOVASCULAR: ESTUDO EM MUZAMBINHO, MINAS GERAIS

RESUMO Introdução: A relação negativa entre atividade física, aptidão física e risco cardiovascular está bem estabelecida em populações com baixos níveis de atividade física. Objetivo: O presente estudo investigou essa relação em adultos de Muzambinho, Minas Gerais, uma população com alta taxa de in...

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Published inRevista brasileira de medicina do esporte Vol. 24; no. 1; pp. 73 - 77
Main Authors Barbosa, João Paulo dos Anjos Souza, Basso, Luciano, Bartholomeu, Teresa, Prista, António, Rezende, Januária Andrea Souza, Oliveira, Jorge Alberto, Tani, Go, Maia, José António Ribeiro, Forjaz, Cláudia Lúcia de Moraes
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 01.01.2018
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Summary:RESUMO Introdução: A relação negativa entre atividade física, aptidão física e risco cardiovascular está bem estabelecida em populações com baixos níveis de atividade física. Objetivo: O presente estudo investigou essa relação em adultos de Muzambinho, Minas Gerais, uma população com alta taxa de indivíduos fisicamente ativos. Métodos: Participaram 237 indivíduos (132 mulheres), na maioria jovens (44,3% entre 20 e 39 anos). Foram avaliados indicadores de risco cardiovascular (índice de massa corporal, circunferência da cintura, glicemia de jejum, colesterolemia de jejum e pressão arterial sistólica e diastólica), atividade física (volume semanal de atividade física total) e aptidão física (aptidão aeróbica e força manual relativa). Resultados: Mais de 90% dos indivíduos foram classificados como ativos (praticavam atividade física por mais de 150 min/semana). A regressão linear identificou associação negativa da força manual relativa e da aptidão aeróbica ao índice de massa corporal e a circunferência da cintura, bem como associação positiva da força manual relativa à pressão arterial diastólica. Os indicadores de atividade física e aptidão física não se associaram ao risco cardiovascular global. Conclusão: Nessa população, a relação inversa entre atividade física, aptidão física e risco cardiovascular limitou-se aos indicadores de aptidão física e aos de obesidade, sugerindo que em populações com alta taxa de indivíduos fisicamente ativos, o aumento da aptidão física, mas não da atividade física, pode ajudar a reduzir a obesidade. Nível de Evidência II; ECRC de menor qualidade. RESUMEN Introducción: La relación negativa entre actividad física, aptitud física y riesgo cardiovascular está bien establecida en poblaciones con bajos niveles de actividad física. Objetivo: Este estudio investigó esta relación en adultos de Muzambinho, Minas Gerais, una población con una alta tasa de individuos físicamente activos. Métodos: Participaron 237 individuos (132 mujeres), en su mayoría jóvenes (44,3% entre los 20 y 39 años). Se evaluaron indicadores de riesgo cardiovascular (índice de masa corporal, circunferencia de la cintura, glucosa en ayunas, colesterol en ayunas y presión arterial sistólica y diastólica), actividad física (volumen semanal de actividad física total) y aptitud física (capacidad aeróbica y fuerza relativa de la mano). Resultados: Más del 90% de los individuos fueron clasificados como activos (practicaban actividad física por más de 150 min/semana). La regresión lineal identificó asociación negativa de la fuerza relativa de la mano y la capacidad aeróbica al índice de masa corporal y la circunferencia de la cintura, así como la asociación positiva de la fuerza relativa de la mano a la presión arterial diastólica. Los indicadores de actividad física y aptitud física no se asociaron al riesgo cardiovascular global. Conclusión: En esta población, la relación inversa entre actividad física, aptitud física y riesgo cardiovascular se limitó a los indicadores de aptitud física y obesidad, lo que sugiere que en poblaciones con alta tasa de individuos físicamente activos, el aumento de la aptitud física, pero no de la actividad física, puede ayudar a reducir la obesidad. Nivel de Evidencia II; ECRC de menor calidad. ABSTRACT Introduction: The negative relationship between physical activity, physical fitness, and cardiovascular risk is well established in populations with low levels of physical activity. Objective: The present study investigated this relationship in adults from Muzambinho, Minas Gerais, a population with a high rate of physically active individuals. Methods: Two hundred and thirty-seven individuals (132 women), mostly young adults (44.3% between 20 and 39 years) were assessed. Cardiovascular risk predictors (body mass index, waist circumference, fasting blood glucose, fasting cholesterol, and systolic and diastolic blood pressure), physical activity (total weekly volume of total physical activity) and physical fitness (aerobic fitness and relative hand strength) were measured. Results: More than 90% of the individuals were classified as active (they practiced physical activity for more than 150 min/week). Linear regression identified a negative association of relative hand strength and aerobic fitness to body mass index and waist circumference, as well as a positive association of relative hand strength with diastolic blood pressure. The indicators of physical activity and physical fitness showed no association with global cardiovascular risk. Conclusion: In this population, the inverse relationship between physical activity, physical fitness and cardiovascular risk was limited to physical fitness and obesity indicators, suggesting that in populations with high rates of physically active individuals, the increase in physical fitness, but not in physical activity, can help reduce obesity. Level of Evidence II; Lesser quality RCT.
ISSN:1517-8692
1806-9940
DOI:10.1590/1517-869220182401177615