Proporcionalidade corporal na avaliação antropométrica de adolescentes pós-menarca

OBJETIVO: Verificar o comportamento da proporcionalidade corporal em adolescentes pós-menarca e sua influência na avaliação antropométrica desses indivíduos, com ênfase na relação peso/estatura. MÉTODOS: Avaliaram-se 80 adolescentes de uma escola pública de Alfenas, Minas Gerais, com pelo menos 12 m...

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Published inRevista de nutrição Vol. 20; no. 1; pp. 27 - 37
Main Authors Bronhara, Bruna, Vieira, Valéria Cristina Ribeiro
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 01.02.2007
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Summary:OBJETIVO: Verificar o comportamento da proporcionalidade corporal em adolescentes pós-menarca e sua influência na avaliação antropométrica desses indivíduos, com ênfase na relação peso/estatura. MÉTODOS: Avaliaram-se 80 adolescentes de uma escola pública de Alfenas, Minas Gerais, com pelo menos 12 meses pós-menarca. As medidas antropométricas foram realizadas conforme procedimentos padronizados. A proporcionalidade corporal foi avaliada pelo Índice de Cormic. A população foi dividida em grupos de estudo (Índice de Cormic > mediana) e controle (Índice de Cormic < mediana). Os grupos foram comparados em relação às idades cronológica e ginecológica, peso, estatura, estatura tronco-cefálica, comprimento de pernas, índice de massa corporal e indicadores de adiposidade global e localizada. RESULTADOS: Os grupos estudados eram homogêneos em relação ao desenvolvimento físico, visto que as médias das idades cronológica e ginecológica não diferiram estatisticamente. A média e o desvio-padrão do Índice de Cormic corresponderam a 0,52 e 0,013, respectivamente. Os grupos não diferiram em relação à estatura (p=0,23), porém o grupos de estudo apresentou valores de estatura tronco-cefálica significantemente superiores em relação ao grupo controle (p<0,01). Proporção significantemente superior (67,6%) do grupo de estudo apresentou índice de massa corporal > mediana, em comparação ao grupo controle (37,2%). Quanto aos indicadores de adiposidade global ou localizada, não foram observadas diferenças estatísticas entre os grupos. CONCLUSÃO: As diferenças na proporcionalidade corporal não se relacionaram com a estatura. Altos valores de Índice de Cormic parecem estar associados a elevado índice de massa corporal, mas não à composição corporal e à topografia da gordura corporal. Questiona-se, assim, a utilização exclusiva do índice de massa corporal para avaliação antropométrica em serviços de saúde, visto que pode gerar resultados inexatos em populações com comprometimento na proporcionalidade corporal. OBJECTIVE: To verify body proportion performance in pos-menarche adolescents and its influence in anthropometric assessment, emphasizing weight-height ratio. METHODS: Eighty adolescents from a public school in Alfenas, Minas Gerais, Brazil, were evaluated, with at least 12 months pos-menarche. Anthropometric measurements were obtained according to standardized procedures. Body proportion was assessed by Cormic Index. The population was divided in studied group ( Cormic Index > median ) and control group ( Cormic Index < median ). The chronological and gynecological ages, weight, height, sitting-height, leg length, body mass index and overall and localized body fat indicators were compared between the groups. RESULTS: The means of chronological and gynecological ages did not differ statistically between the groups, showing homogeneity relating to the physical development. The Cormic Index mean and standard deviation corresponded to 0.52 and 0.013, respectively. The groups did not differ in height (p = 0.23), but the studied group showed significantly higher sitting-height values than the control group (p<0.01). A significantly higher proportion (67.6%) of the studied group presented body mass index > median, when compared with the control group (37.2%). The overall and localized body fat indicators were not statistically different between the groups. CONCLUSIONS: The differences in body proportion were not related to height. Higher Cormic Index values seem to be associated with a higher body mass index, but not with body composition and body fat distribution. Therefore, we question the exclusive use of body mass index in anthropometric assessment in health services, considering that it can generate inexact results in a population with compromised body proportion.
ISSN:1415-5273
1415-5273
DOI:10.1590/S1415-52732007000100003