Interrupções e distrações na sala de cirurgia do trauma: entendendo a ameaça do erro humano

OBJETIVO: Compreender o fator humano como ameaça à segurança do paciente vítima de trauma no centro cirúrgico, traduzindo para a sala de operação algumas regras importantes já aplicadas no campo da aviação. MÉTODOS: A amostra incluiu 50 casos de cirurgia de trauma coletados prospectivamente por obse...

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Published inRevista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões Vol. 38; no. 5; pp. 292 - 298
Main Authors Pereira, Bruno Monteiro Tavares, Pereira, Alexandre Monteiro Tavares, Correia, Clarissa dos Santos, Marttos Jr, Antonio Carlos, Fiorelli, Rossano Kepler Alvim, Fraga, Gustavo Pereira
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 01.10.2011
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Summary:OBJETIVO: Compreender o fator humano como ameaça à segurança do paciente vítima de trauma no centro cirúrgico, traduzindo para a sala de operação algumas regras importantes já aplicadas no campo da aviação. MÉTODOS: A amostra incluiu 50 casos de cirurgia de trauma coletados prospectivamente por observadores em plantões de 12 horas, ,durante seis meses, em um centro de trauma nível I nos Estados Unidos da América. Informações quanto ao tipo de trauma, escore de gravidade e mortalidade foram coletadas, assim como, determinantes de distrações/interrupções e o volume de ruídos na sala de cirurgia durante o ato cirúrgico. RESULTADOS: Ocorreram, em média, 60 interrupções ou distrações durante o ato cirúrgico, na maioria das vezes desencadeado pelo movimento de pessoas na sala. Em pacientes mais graves (ISS > 45), submetidos ao controle de danos, a incidência de distrações foi ainda maior. A média de ruídos na sala de cirurgia do trauma foi muito elevada, com barulho próximo ao de um secador de cabelos. CONCLUSÃO: Interrupções e distrações são frequentes e devem ser estudadas pelo cirurgião do trauma a fim de desenvolver estratégias de prevenção e linhas de defesa para minimizá-las e reduzir seus efeitos. OBJECTIVE: To understand the human factor as a threat to the security of trauma patients in the operating room, bringing to the operating room some important rules already applied in the field of aviation. METHODS: The sample included 50 cases of surgical trauma patients prospectively collected by observers in shifts of 12 hours, for six months in a Level I trauma center in the United States of America. Information regarding the type of trauma, severity score and mortality were collected, as well as determinants of distractions / interruptions and the volume of noise in the operating room during surgery. RESULTS: There was an average of 60 interruptions or distractions during surgery, most often triggered by the movement of people in the room. In more severe patients (ISS> 45), subjected to damage control, the incidence of distractions was even greater. The average noise in the trauma surgery room was very high, close to the noise of a hair dryer. CONCLUSION: Interruptions and distractions are frequent and should be studied by the trauma surgeon to develop prevention strategies and lines of defense to minimize them and reduce their effects.
ISSN:0100-6991
0100-6991
DOI:10.1590/S0100-69912011000500002