Prevalência de sintomas característicos de covid-19 no Rio Grande do Sul: resultados de um estudo de base populacional com 18 mil participantes

OBJETIVO: Avaliar prevalência de relato de sintomas característicos de covid-19 entre indivíduos com e sem anticorpos e identificar aqueles com maior capacidade de predição da presença de anticorpos contra o Sars-CoV-2. MÉTODOS: O presente estudo usa dados coletados nas fases de 5 a 8 do Epicovid-19...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inRevista de saúde pública Vol. 55; p. 82
Main Authors Mesenburg, Marilia Arndt, Hallal, Pedro Curi, Menezes, Ana Maria Baptista, Barros, Aluísio J D, Horta, Bernardo Lessa, Hartwig, Fernando Pires, Jacques, Nadege, Pellanda, Lucia Campos, Zelmanowicz, Alice de Medeiros, Vergani, Daiane Oliveira Pereira, Ries, Edi Franciele, Harter, Jenifer, Martínez-Mesa, Jeovany, Carneiro, Marcelo, Estima, Sonara Lucia, Heck, Thiago Gomes, Silveira, Mariangela Freitas da
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 22.11.2021
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:OBJETIVO: Avaliar prevalência de relato de sintomas característicos de covid-19 entre indivíduos com e sem anticorpos e identificar aqueles com maior capacidade de predição da presença de anticorpos contra o Sars-CoV-2. MÉTODOS: O presente estudo usa dados coletados nas fases de 5 a 8 do Epicovid-19-RS. A presença de anticorpos contra o Sars-CoV-2 foi avaliada por um teste rápido. Avaliou-se também a ocorrência dos sintomas tosse, febre, palpitações, dor de garganta, dificuldade para respirar, alterações no paladar e olfato, vômito, diarreia, dor no corpo, tremedeira e dor de cabeça, desde março de 2020. Então, calculou-se a capacidade de predição dos sintomas avaliados em relação a presença de anticorpos. RESULTADOS: Nas fases de 5 a 8, 18 mil indivíduos foram entrevistados e 181 apresentaram anticorpos contra covid-19. A proporção de indivíduos assintomáticos foi de 19,9% entre participantes com anticorpos e 49,7% entre aqueles sem anticorpos. Todos os sintomas foram relatados com maior frequência por indivíduos com presença de anticorpos. A divisão da prevalência de sintomas entre indivíduos com anticorpos pela prevalência entre indivíduos sem anticorpos evidenciou as seguintes razões de prevalência: para alterações de olfato ou paladar (9,1), febre (4,2), tremedeira (3,9), dificuldade respiratória (3,2) e tosse (2,8 vezes). Anosmia e febre foram os sintomas com maior capacidade de predizer a presença de anticorpos. CONCLUSÃO: A prevalência de sintomas foi maior entre indivíduos com anticorpos contra Sars-CoV-2. A proporção de indivíduos assintomáticos foi baixa. Alteração de olfato ou paladar e febre foram os sintomas que mais predizem a presença de anticorpos. Esses resultados podem auxiliar a identificação de casos prováveis, contribuindo para o diagnóstico clínico e triagem de pacientes para testagem e orientação de isolamento em casos positivos, especialmente em cenários de escassez de testes diagnósticos de covid-19.
ISSN:0034-8910
1518-8787
DOI:10.11606/s1518-8787.2021055004030