Aptidão cardiorrespiratória de uma amostra regional brasileira distribuída em diferentes tabelas Cardiorespiratory fitness of a Brazilian regional sample distributed in different tables

FUNDAMENTO: A maioria das tabelas de classificação da Aptidão Cardiorrespiratória (ACR) utilizadas na prática clínica é internacional e não foi validada para a população brasileira, podendo resultar em discrepâncias importantes, uma vez que essa classificação é extrapolada para a nossa população. Ob...

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Published inArquivos brasileiros de cardiologia Vol. 99; no. 3; pp. 811 - 817
Main Authors Karlyse Claudino Belli, Carine Calegaro, Cleusa Maria Richter, Jonatas Zeni Klafke, Ricardo Stein, Paulo Ricardo Nazario Viecili
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) 01.09.2012
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Summary:FUNDAMENTO: A maioria das tabelas de classificação da Aptidão Cardiorrespiratória (ACR) utilizadas na prática clínica é internacional e não foi validada para a população brasileira, podendo resultar em discrepâncias importantes, uma vez que essa classificação é extrapolada para a nossa população. Objetivo: Avaliar as principais tabelas de ACR disponíveis em uma amostra populacional brasileira do Planalto Médio do Rio Grande do Sul (RS). MÉTODOS: Foram analisados dados retrospectivos de 2.930 indivíduos, residentes em 36 cidades do Planalto Central do RS. Levaram-se em consideração presença dos fatores de risco para doença cardiovascular e valores estimados do consumo de oxigênio de pico (VO2pico), obtidos por meio de teste de esforço com protocolo de Bruce. Para classificar a ACR, os sujeitos foram distribuídos de acordo com o sexo e inseridos nas respectivas faixas etárias das tabelas de Cooper, American Heart Association (AHA) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e classificados conforme seu VO2pico. RESULTADOS: A amostra feminina apresentou valores mais baixos de VO2pico do que a masculina (23,5 ± 8,5 vs. 31,7 ± 10,8 mL.kg-1.min-1, p < 0,001), e o VO2pico apresentou correlação inversa e moderada com a idade considerando-se ambos os sexos (R = -0,48, p < 0,001). Foi observada importante discrepância entre os níveis de classificação da ACR entre as tabelas, que variaram de 49% (COOPERxAHA) até 75% (UNIFESPxAHA). CONCLUSÃO: Nossos achados indicam discrepâncias importantes na classificação da ACR proveniente das tabelas avaliadas. Estudos futuros poderiam investigar se a utilização das tabelas internacionais são aplicáveis à população brasileira e às populações de diferentes regiões do Brasil.BACKGROUND: Most classification tables of cardiorespiratory fitness (CRF) used in clinical practice are international and have not been validated for the Brazilian population. That can result in important discrepancies when that classification is extrapolated to our population. OBJECTIVE: To assess the use of major CRF tables available in a Brazilian population sample of the Central High Plan of the state of Rio Grande do Sul (RS). METHODS: This study assessed the retrospective data of 2,930 individuals, living in 36 cities of the Central High Plan of the state of RS, and considered the following: presence of risk factors for cardiovascular disease and estimated maximum oxygen consumption (VO2peak) values obtained through exercise test with Bruce protocol. To classify CRF, the individuals were distributed according to sex, inserted in their respective age groups in the Cooper, American Heart Association (AHA) and Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) tables, and classified according to their VO2peak. RESULTS: Women had lower VO2peak values as compared with those of men (23.5 ± 8.5 vs. 31.7 ± 10.8 mL.kg-1.min-1, p < 0.001). Considering both sexes, VO2peak showed an inverse and moderate correlation with age (R = -0.48, p < 0.001). An important discrepancy in the CRF classification levels was observed between the tables, ranging from 49% (Cooper x AHA) to 75% (Unifesp x AHA). CONCLUSION: Our findings indicate important discrepancy in the CRF classification levels of the tables assessed. Future studies could assess whether international tables could be used for the Brazilian population and populations of different regions of Brazil.
ISSN:0066-782X
1678-4170