Análise do conhecimento sobre DSTs e planejamento familiar entre deficientes auditivos e ouvintes de uma escola pública de Fortaleza

Segundo a OMS, havia cerca de 278 milhões de deficientes auditivos no mundo, em 2005. A maioria deles não tem acesso a serviços de educação em saúde sexual, o que os tornam bastante vulneráveis a ocorrência de gravidez precoce e infecção por Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)/AIDS. Objetivou-...

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Published inRevista brasileira de educação especial Vol. 16; no. 1; pp. 137 - 150
Main Authors Pinheiro Filho, Tadeu Rodriguez de Carvalho, Silva Filho, José Cláudio Borges da, Gonçalves, Emilcy Rebouças, Dantas, Amanda Maria Menezes, Hyppólito, Silvia Bomfim
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 01.04.2010
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Summary:Segundo a OMS, havia cerca de 278 milhões de deficientes auditivos no mundo, em 2005. A maioria deles não tem acesso a serviços de educação em saúde sexual, o que os tornam bastante vulneráveis a ocorrência de gravidez precoce e infecção por Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)/AIDS. Objetivou-se analisar comparativamente o conhecimento de estudantes, com ou sem alguma deficiência auditiva, de uma escola pública, sobre planejamento familiar e DSTs. Trata-se de um estudo transversal e comparativo em que 149 estudantes de uma escola pública foram divididos em 2 grupos: 98 ouvintes e 51 não-ouvintes. Foi então aplicado um questionário com indagações sobre planejamento familiar e DSTs. Os dados foram analisados pelo programa EPI INFO, considerando p válido quando < 0,05. RESULTADOS: 50,00% dos não-ouvintes referiram existir cura para AIDS contra 25,30% dos ouvintes; 92,90% dos ouvintes relataram que uso de preservativo protege contra AIDS/DST's, contra 43,10% dos não ouvintes. A maioria dos ouvintes, 97,90%, afirmou que procuraria um serviço de saúde caso alguma lesão típica de DSTs se manifestasse, contra 47,10% dos não-ouvintes. Os dados apresentados inferem que há uma carência de informação acerca destes temas entre a população jovem com deficiência auditiva. According to the WHO, there were close to 278 million deaf people in the world in 2005. Most of them have no access to education services related to sex education, which makes them quite vulnerable to early pregnancy and infection by sexually transmitted diseases (STDs)/AIDS. This study aimed to analyze the knowledge public school students with and without hearing impairment, had about family planning and STDs. This is a cross-sectional comparative study in which 149 students from a public school were divided into 2 groups: 98 hearing students and 51 deaf students. They answered a questionnaire with questions about family planning and STDs. The data were analyzed using EPI INFO and considered significant when p <0.05. RESULTS: 50.00% of the deaf students answered that there is a cure for AIDS against 25.30% of the hearing students; 92.90% of hearing students while 43.10% of the deaf students reported that condom use protects against AIDS/STDs. The majority of the hearing students (97.90%) said they would go to a health clinic if an injury typical of sexually transmitted diseases appeared, against 47.10% of the deaf students. The data presented suggest that there is a lack of information about this subject content among young people with hearing impairments.
ISSN:1413-6538
1413-6538
DOI:10.1590/S1413-65382010000100011