Fatores de risco para anemia em crianças de 6 a 12 meses no Brasil

OBJETIVO: Estimar a prevalência de anemia e investigar os fatores de risco a ela associados em lactentes brasileiros que recebem atendimento na rede básica de saúde. MÉTODO: Estudo transversal com 2 715 crianças entre 6 e 12 meses de idade, residentes em 12 municípios das cinco regiões do Brasil. As...

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Published inRevista panamericana de salud pública Vol. 17; no. 2; pp. 84 - 91
Main Authors Spinelli, Mônica Glória Neumann, Marchioni, Dirce Maria Lobo, Souza, José Maria Pacheco, Souza, Sonia Buongermino de, Szarfarc, Sophia Cornbluth
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Organización Panamericana de la Salud 01.02.2005
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Summary:OBJETIVO: Estimar a prevalência de anemia e investigar os fatores de risco a ela associados em lactentes brasileiros que recebem atendimento na rede básica de saúde. MÉTODO: Estudo transversal com 2 715 crianças entre 6 e 12 meses de idade, residentes em 12 municípios das cinco regiões do Brasil. As mães ou responsáveis responderam a um questionário para coleta de informações sobre a criança e sua alimentação. Foram medidos o peso e a altura para determinação do estado nutricional. Também foi feita a dosagem da concentração de hemoglobina com fotômetro portátil HemoCue, considerando-se como anemia o nível < 11 g/dL. A prática alimentar considerou a situação das crianças no momento do estudo (current status). A associação entre as variáveis e a anemia foi verificada inicialmente por análise bivariada e posteriormente por regressão logística múltipla segundo modelo hierarquizado. RESULTADO: A prevalência média de anemia para todo o grupo foi de 65,4%. A análise múltipla identificou os seguintes fatores de risco para anemia: morar na Região Sudeste [razão de produtos cruzados, ou OR, de 1,57 (1,25 a 1,99)], idade materna inferior a 20 anos [OR = 1,58 (1,21 a 2,07)], peso ao nascer < 2 500 g [OR = 2,09 (1,48 a 2,95)], não receber leite materno [OR = 1,28 (1,02 a 1,61)] ou estar em aleitamento misto [OR = 1,40 (1,10 a 1,78)] e sexo masculino [OR = 1,24 (1,06 a 1,46)]. CONCLUSÕES: A alta proporção de crianças anêmicas indica a necessidade de enfatizar, nos programas de pré-natal e puericultura do país, medidas de intervenção e controle desse distúrbio nutricional. Os presentes resultados podem orientar tais ações, que devem privilegiar os grupos de maior risco, como os bebês de baixo peso e os filhos de mães adolescentes.
ISSN:1680-5348
DOI:10.1590/S1020-49892005000200004