Bloqueio do nervo maxilar para exodontia de molariformes em coelho (Oryctolagus cuniculus): Relato de caso

Dentre os pets não convencionais, os coelhos são animais frequentemente apreciados por deterem um temperamento dócil, entretanto, suas particularidades anatômicas e fisiológicas predispõem a afecções odontológicas, necessitando eventualmente de intervenções cirúrgicas e anestésicas. Tendo vista que...

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Published inPUBVET Vol. 16; no. 9; pp. 1 - 6
Main Authors Mendes, Juliana Caetano Félix da Silva, Vilani, Ricardo Guilherme D’Otaviano de Castro, Lima, Iara Luiza Matos de, Borges, Isadora Scherer, Bordignon, Alessandra Kozelinski, Soares, Helena Baggio, Santos, Juliana Cavalli, Bonotto, Petra Kling, Biolchi, Juliano
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Editora MV Valero 01.09.2022
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Summary:Dentre os pets não convencionais, os coelhos são animais frequentemente apreciados por deterem um temperamento dócil, entretanto, suas particularidades anatômicas e fisiológicas predispõem a afecções odontológicas, necessitando eventualmente de intervenções cirúrgicas e anestésicas. Tendo vista que não existem relatos sobre a aplicabilidade clínica do bloqueio do nervo maxilar para procedimento cirúrgico nesta espécie, objetivou-se avaliar a eficácia da técnica em Coelho da Nova Zelândia (Oryctolagus cuniculus), de 4 anos, pesando 4,1 kg, atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná em março de 2022. Após avaliação clínica e exame radiográfico, foi constatado crescimento retrógrado e instituído como a exodontia de molariformes superiores. Como medicação pré-anestésica, foi administrada a associação de dexmedetomidina (30 ug/kg), metadona (0,5 mg/kg), e midazolam (1 mg/kg). Posteriormente, a indução anestésica foi realizada com propofol (3 mg/kg) e sua manutenção com isoflurano e propofol. Visando analgesia preemptiva, foi realizado o bloqueio do nervo maxilar por referência anatômica com cloridrato de lidocaína sem vasoconstritor (3 mg/kg). Durante o transoperatório, parâmetros fisiológicos como a frequência cardíaca e respiratória, pressão arterial sistólica, média e diastólica, oximetria de pulso, dióxido de carbono ao final da expiração e temperatura retal foram mensurados e posteriormente registrados. Por fim, a técnica de bloqueio do nervo maxilar mostrou-se eficaz para o procedimento proposto, uma vez que foram inexistentes as alterações paramétricas de nocicepção no transoperatório. Entretanto, estudos mais amplos, controlados e com maior número de animais precisam ser realizados a fim de garantir sua indicação, bem como maiores esclarecimentos a respeito da aplicabilidade no emprego de anestésicos locais de longa duração para analgesia pós-operatória nessa espécie.
ISSN:1982-1263
1982-1263
DOI:10.31533/pubvet.v16n09a1213.1-6