Análise da expansão urbana de Marília, São Paulo: um olhar sobre os remanescentes florestais ciliares periurbanos

Devido à sua localização, a cidade de Marília, SP, encontra-se em uma região importante para o abastecimento hídrico do oeste paulista, e sua área urbana avança sobre as nascentes, sendo necessário preservar as florestas ciliares já degradadas e fragmentadas. Assim, o objetivo foi analisar temporalm...

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Published inInterações : revista internacional de desenvolvimento local Vol. 23; no. 3; pp. 867 - 878
Main Authors Ribas, Eduardo Campanhã, Biondi, Daniela, Lopes, Iran Jorge Corrêa, Reis, Allan Rodrigo Nunho dos, Oliveira, Thiago Gomes de Sousa
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Spanish
Published Campo Grande Universidade Catolica Dom Bosco Editora 25.10.2022
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Summary:Devido à sua localização, a cidade de Marília, SP, encontra-se em uma região importante para o abastecimento hídrico do oeste paulista, e sua área urbana avança sobre as nascentes, sendo necessário preservar as florestas ciliares já degradadas e fragmentadas. Assim, o objetivo foi analisar temporalmente a paisagem nas regiões de interesse hídrico, com vistas a avaliar o potencial de conservação dos fragmentos florestais responsáveis por este recurso. Foi realizada uma análise temporal nos anos 1989, 1999, 2009 e 2019, a partir de imagens dos satélites Landsat 5, 7 e 8, com 30 m de resolução espacial. No programa ArcMap 10.3, o uso do solo foi agrupado em seis classes: formação florestal, plantio florestal, formação natural não florestal, agricultura, áreas não vegetadas e água. Para todo o município, foram calculadas as métricas de paisagem CA (cobertura da terra) e PLAND (proporção de cobertura da terra) para as seis classes de uso do solo. Foi realizada uma análise da cobertura florestal a partir de um buffer de 5 km no entorno da área urbana, sendo calculadas mais cinco métricas de área, borda e forma. O software Patch Analyst versão 5.2.0.16 foi utilizado para o cálculo das métricas de paisagem. As classes que mais se destacaram em tamanho de área foram agricultura (93.962,07 ha; 80,27%), formação florestal (15.682,97 ha; 13,40%) e áreas não vegetadas (5.220,63 ha; 4,46%). Os maiores aumentos proporcionais foram de plantio florestal (0,11 para 1,27 ha), água (0,02 para 0,05 ha) e áreas não vegetadas (2,17 para 4,45 ha), enquanto a agricultura perdeu área (85,73 para 80,27 ha). Houve aumento das áreas florestadas nos últimos 30 anos a partir do surgimento de fragmentos pequenos e morfologicamente frágeis; além disso, com o aumento da área urbana, aumentam-se os conflitos com os remanescentes florestais mais próximos. 
ISSN:1518-7012
1984-042X
DOI:10.20435/inter.v23i3.3525