Avaliação da cobertura vacinal do esquema básico para o primeiro ano de vida
Em 1991 avaliou-se a cobertura vacinal em crianças de 12 a 23 meses de idade no território de responsabilidade de um Posto de Atenção Primária à Saúde, na periferia da Zona Norte de Porto Alegre, RS, Brasil, cinco anos após sua implantação, com a finalidade de melhorar a qualidade das ações de saúde...
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Published in | Revista de saúde pública Vol. 29; no. 3; pp. 208 - 214 |
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Main Authors | , , , |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
01.06.1995
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Summary: | Em 1991 avaliou-se a cobertura vacinal em crianças de 12 a 23 meses de idade no território de responsabilidade de um Posto de Atenção Primária à Saúde, na periferia da Zona Norte de Porto Alegre, RS, Brasil, cinco anos após sua implantação, com a finalidade de melhorar a qualidade das ações de saúde desenvolvidas no serviço. Foram investigadas todas as crianças através de um inquérito domiciliar, observando-se a carteira de vacinas e as informações da mãe. Em 1986, um inquérito inicial havia identificado uma cobertura vacinal inferior a 60% para cada uma das vacinas. A atual cobertura vacinal (doses comprovadas) para três doses da vacina DPT (Difteria, Pertussis e Tétano), três doses da Sabin (antipoliomielite), uma dose da anti-sarampo (VAS) e uma dose de BCG são, respectivamente 87, 89, 88 e 79%. Apesar das altas coberturas observadas por tipos de vacinas, quando se verificou para cada criança se o esquema básico do primeiro ano de vida estava completo (3 doses de DPT + 3 doses de Sabin + 1 dose de VAS + 1 dose de BCG), encontrou-se apenas 75% das crianças na citada situação. A cobertura vacinal é heterogênea dentro do território, sendo maior naquelas áreas caracterizadas por piores condições socioeconômicas, onde a equipe de saúde havia intensificado esforços. A comparação com o método administrativo de avaliação de cobertura, realizado mensalmente, mostrou a não-adequação desse, que subestimava a cobertura vacinal. Avaliou-se a situação vacinal das mães, para vacina antitetânica, e apenas 49% das crianças estavam protegidas contra o tétano neonatal. Os dados obtidos subsidiaram a imediata reestruturação das ações do programa, com vistas a atingir uma cobertura vacinal de 100%, e melhorar a qualidade das ações de saúde prestadas pela equipe.
Immunization coverage was evaluated in all 12-23 month-old children living in the area were five years before a Primary Care Practice had been set up. All children were investigated through home visits, checking of the immunization chart and relying on mothers' information. In 1986, a baseline study had identified an immunization coverage of under 60% for each of the scheduled vaccines. The current study confirmed that coverage was of 87% for three doses of DTP, 89% for Sabin, 88% for one dose of measles vaccine and 79% for BCG. Despite the high coverage achieved for each specific vaccine, when the basic schedule for the first year was verified, it was observed that only 75% of the children had received the full scheme. Immunization coverage is uneven in different census tracts, being higher in the poorest and more remot areas, where seam the health has given extra attention. A comparison with the routine administrative evaluation of the immunization coverage showed that this underestimated the real coverage. Maternal immunization uptake was also evaluated (antitetanus vaccine during pregnancy) and only 49% of the women were found to be adequately protected. The information collected led to a reorganization of the whole immunization program in a 100% coverage. |
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ISSN: | 0034-8910 0034-8910 |
DOI: | 10.1590/S0034-89101995000300008 |