Manejo de Síndrome Compartimental em Traumatismos Graves: Diagnóstico, Intervenção Cirúrgica e Cuidados Pós-Operatórios

A síndrome compartimental é uma emergência médica que ocorre quando a pressão dentro de um compartimento fascial atinge níveis críticos, levando à redução do fluxo sanguíneo e subsequente isquemia tecidual. Este estudo teve como objetivo aprofundar a compreensão do manejo da síndrome compartimental...

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Published inBrazilian Journal of Implantology and Health Sciences Vol. 6; no. 9; pp. 661 - 675
Main Authors Moraes Cabral, Bárbara, Nantes Vieira Gastaldi, Álvaro, Welter dos Santos, Steffani, Mortari, Lucas, Gomes Lima Martins, Georgia, Ziero Tesser, Sofia, D’avila Lopes, Luise, Laba Silva, Raquel, Barros Alfaiate, Emanuelle, Amorim Trad, Maria Cecília, Fontes da Silva, Marcelo, Avanci Júnior, José Amarildo
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 03.09.2024
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ISSN2674-8169
2674-8169
DOI10.36557/2674-8169.2024v6n9p661-675

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Summary:A síndrome compartimental é uma emergência médica que ocorre quando a pressão dentro de um compartimento fascial atinge níveis críticos, levando à redução do fluxo sanguíneo e subsequente isquemia tecidual. Este estudo teve como objetivo aprofundar a compreensão do manejo da síndrome compartimental em traumas graves, com foco no diagnóstico precoce, intervenções cirúrgicas apropriadas e cuidados pós-operatórios integrados. Foi realizada uma revisão abrangente da literatura e uma análise crítica das práticas clínicas atuais. A fisiopatologia da síndrome compartimental envolve um aumento crítico da pressão intracompartmental, frequentemente desencadeado por fraturas, lesões por esmagamento ou queimaduras, resultando na diminuição da perfusão capilar e hipóxia tecidual. O reconhecimento precoce de sinais clínicos, como dor desproporcional, parestesia e paralisia, é essencial, e a monitorização da pressão intracompartmental é vital para um diagnóstico preciso. O tratamento padrão é a fasciotomia, que, quando realizada prontamente, pode prevenir danos isquêmicos irreversíveis. A decisão de realizar a fasciotomia deve ser baseada nos sinais clínicos e nas medições de pressão, idealmente sendo realizada dentro de seis horas após o início dos sintomas. O cuidado pós-operatório, incluindo o manejo do edema, a prevenção de infecções e o fechamento de feridas, desempenha um papel crucial na recuperação do paciente. O manejo eficaz da síndrome compartimental depende não apenas da intervenção cirúrgica oportuna, mas também de cuidados pós-operatórios meticulosos e reabilitação intensiva. O estudo conclui que, embora a fasciotomia permaneça a principal intervenção, o diagnóstico precoce, a vigilância pós-operatória e a reabilitação abrangente são essenciais para minimizar complicações e melhorar os resultados funcionais a longo prazo para pacientes com síndrome compartimental.
ISSN:2674-8169
2674-8169
DOI:10.36557/2674-8169.2024v6n9p661-675