Eugenia maquínica do olhar: Visão computacional, etarismo e gênero
This article analyzes computer vision as a device that shapes contemporary perception and highlights its political and aesthetic implications in social life. The text discusses the social production of data, emphasizing the racist, ageist, and misogynistic biases embedded in artificial intelligence...
Saved in:
Published in | V!rus (São Carlos, São Paulo, Brazil) Vol. 1; no. 28; pp. 14 - 28 |
---|---|
Main Author | |
Format | Journal Article |
Language | Portuguese |
Published |
13.12.2024
|
Online Access | Get full text |
Cover
Loading…
Summary: | This article analyzes computer vision as a device that shapes contemporary perception and highlights its political and aesthetic implications in social life. The text discusses the social production of data, emphasizing the racist, ageist, and misogynistic biases embedded in artificial intelligence (AI) architectures used to synthesize images, and comments on the biopolitics inherent in these processes. Special attention is given to computational facial recognition techniques, highlighting their connections to Francis Galton's composite portraits, which he termed "statistical paintings," and their dissemination in the contemporary imagination. Throughout the text, it is considered how computer vision—and its pattern-based structure—updates the foundations of eugenic imagination, defining fields of visibility that do not result in genocidal racial wars but algorithmically exclude certain subjects and bodies from the social and political sphere. Based on ongoing artistic research ("Poisonous, Noxious, and Suspicious," about prohibited plants and women erased from the history of art and science), the essay points to the need to deconstruct the potentialities of the emerging machinic eugenics of vision through counter-hegemonic practices and images that escape the pattern.
Este artigo analisa a visão computacional como um dispositivo que molda o olhar contemporâneo e aponta para seus desdobramentos políticos e estéticos na vida social. O texto discute a produção social de dados, destacando os vieses racistas, etaristas e misóginos das arquiteturas de inteligência artificial (IA) para sintetizar imagens, comentando as biopolíticas embarcadas nesses processos. Atenção especial é dada às técnicas computacionais de reconhecimento facial, destacando suas conexões com os retratos compostos de Francis Galton, que ele denominava "pinturas estatísticas", e sua disseminação no imaginário contemporâneo. Ao longo do texto, pondera-se como a visão computacional – e sua estrutura baseada em padrões – atualiza os fundamentos da imaginação eugênica, definindo campos de visibilidade que não implicarão guerras raciais genocidas, mas excluem algoritmicamente certos sujeitos e corpos do campo social e político. Com base em uma pesquisa artística em curso (Venenosas, nocivas e suspeitas, sobre plantas proibidas e mulheres apagadas da história da arte e da ciência), o ensaio aponta para a necessidade de desconstruir as potencialidades da emergente eugenia maquínica do olhar, por meio de práticas contra-hegemônicas e imagens que fogem do padrão.
Este artículo analiza la visión computacional como un dispositivo que moldea la percepción contemporánea y señala sus implicaciones políticas y estéticas en la vida social. El texto discute la producción social de datos, destacando los sesgos racistas, edadistas y misóginos presentes en las arquitecturas de inteligencia artificial (IA) utilizadas para sintetizar imágenes, y comenta sobre las biopolíticas inherentes a estos procesos. Se presta especial atención a las técnicas computacionales de reconocimiento facial, destacando sus conexiones con los retratos compuestos de Francis Galton, que él denominaba "pinturas estadísticas", y su difusión en el imaginario contemporáneo. A lo largo del texto, se considera cómo la visión computacional—y su estructura basada en patrones—actualiza los fundamentos de la imaginación eugenésica, definiendo campos de visibilidad que no resultan en guerras raciales genocidas, pero que excluyen algorítmicamente a ciertos sujetos y cuerpos del ámbito social y político. Basado en una investigación artística en curso ("Venenosas, Nocivas y Sospechosas," sobre plantas prohibidas y mujeres borradas de la historia del arte y la ciencia), el ensayo señala la necesidad de deconstruir las potencialidades de la emergente eugenesia maquínica de la visión mediante prácticas contrahegemónicas e imágenes que escapen al patrón. |
---|---|
ISSN: | 2175-974X 2175-974X |
DOI: | 10.11606/2175-974x.virus.v28.229584 |